quarta-feira, 10 de agosto de 2011

alguns instrumentos


Acordeão: aerofone de palheta dotado de fole e teclas. Foi criado no século XIX, com o contributo de diversos fabricantes. Pela acção dos braços e das mãos do acordeonista, o ar faz vibrar as lâminas metálicas das palhetas. É muito utilizado em França, Portugal e outros países da Europa, nas festas populares e momentos de convívio. São famosas as marcas "Excelsior" (nos Estados Unidos) e "Hohner", na Alemanha.
Adufe: instrumento de percussão de membrana dupla, em formato quadrangular, resultado da influência árabe (duff). É tradicional de Monsanto e da Beira Baixa, onde é tocado exclusivamente por mulheres. Na região de Trás-os-Montes, o adufe tem a designação de pandeiro. É utilizado também no Brasil, certamente por influência de portugueses.
Aerofone: categoria de instrumentos musicais cujo som é produzido pela vibração do ar no (ou pelo) instrumento.
Afuche: idiofone percutido, tradicional do Brasil e de origem africana. É constituído por uma cabaça rodeada por bolinhas (que podem ser de materiais diversos), ligadas por uma espécie de rede. Quando o executante as raspa contra a superfície da cabaça, produz o seu som característico. O afuche moderno tem uma configuração e materiais diferentes do tradicional, tornando-se mais resistente do que as cabaças naturais.
Agogô: Idiofone tradicional de ferro, entrou no Brasil por via africana. É constituído por duas campânulas de ferro, percutidas por uma vareta do mesmo metal. O agogo de metal é utilizado nas danças de origem africana e similares (capoeira, e candomblé, por exemplo).
Agogo de madeira: idiofone percutido de madeira constituído por dois blocos de madeira de diferentes tamanhos, usado na música tradicional do Brasil e na Educação Musical.
Arghul: aerofone de palheta simples constituído por dois tubos, muito frequente no Egipto e Norte de África.
Aulos: aerofone de palheta (à semelhança do oboé), era o instrumento mais popular na Grécia antiga. Há 3500 anos, já os egípcios o utilizavam.
Bala: xilofone da África ocidental
Balafon: xilofone artesanal (constituído por placas de madeira ordenadas, de diversos tamanhos) e com cabaças de ressonância por baixo, tem diversos nomes conforme a região e o país africano: bala, balo, kponimbo, madimba, kundu, marimba, valimba, endara, shijimba, silimba, medzang, dyomoro, rongo, mbira, mutondo, mbila, timbila, balangui, akadinda, kalanba, ilimba, baza, dimba, madimba, dipela, elong, dzil.
Balalaica: cordofone de corpo triangular achatado, de madeira, com 3 cordas simples ou duplas dedilhadas. É um instrumento fundamental no folclore russo, onde há mesmo orquestras só de balalaicas.
Bandolim: cordofone dedilhado de 4 cordas duplas de metal de origem napolitana e muito usado na Itália e com tradições próprias em Milão, Génova e Sicília. Algo semelhante à guitarra no braço, cravelhas e trastos, o bandolim é tocado com um plectro que belisca as cordas.
Bandoneon: aerofone cromático de palhetas livres, inventado no século XIX e muito semelhante ao acordeão, é verdadeiro símbolo do tango argentino.
Bandurra: Cordofone dedilhado, a bandurra, hoja rara, é também conhecida por viola beiroa. Utilizava-se esta viola popular portuguesa (que era muito frequente no distrito de Castelo Branco), nas tabernas, e em momentos festivos como os casamentos, nas serenatas aos noivos, nas vésperas e na noite da boda.
Banjo: cordofone dedilhado, com caixa redonda e braço comprido, foi criado por afro-americanos e é típico da música "country" norteamericana. O número de cordas é variado. Pete Seger ficou conhecido também como executante de banjo.
Bateria: conjunto de instrumentos de percussão, tambores e címbalos, com diferentes tamanhos e timbres, dispostos de modo a serem tocados por um só músico. É especialmente utilizado no Jazz e Rock.
Bazuki: instrumento de oito cordas originário da Grécia, com caixa de ressonância semelhante à do bandolim, por vez ricamente ornamentada. Tanto o bazuki grego como o irlandês têm um braço bastante comprido.
Bendir: membranofone com origem no Norte de África, designadamente em Marrocos. É uma espécie de tamborim, com cordas esticadas no interior, junto à pele.
Berimbau: instrumento de percussão em forma de arco retesado por um arame e uma pequena cabaça de ressonância, levado de África para o Brasil, onde é muito utilizado na "capoeira", que representa de modo especial. A corda percute-se com uma pequena vara.
Bhaya: tambor indiano que, com a daina, constitui a tabla.
Biwa: cordofone japonês algo semelhante ao alaúde.
Bombo: instrumento de percussão grande constituído por duas membranas, uma de cada lado da caixa. Geralmente é tocado na posição vertical. É um dos instrumentos utilizados no programa das festas populares de Portugal.
Bongó: instrumento de percussão de origem afrocubana, de sonoridade profunda, constituído por dois tambores ligados, tocados entre os joelhos, é parte integrante da música latinoamericana, designadamente a solo.
Braguinha: o m.q machete, instrumento tradicional madeirense de 4 cordas afinadas em Ré.
Brinquinho: idiofone tradicional da Ilha da Madeira.
Búzio: "conch shell" em Inglês, é ainda bastante utilizado na China como instrumento musical e para anunciar o início das celebrações religiosas.
Cabaça: instrumento de percussão semelhante ao afuche brasileiro. A "cabaza" orquestral moderna tem uma configuração e materiais diferentes da tradicional.
Caixa: instrumento de percussão que se encontra em vários estilos musicais, na música popular, no jazz e na música clássica. É um tambor cilíndrico de membrana dupla.
Campaniça (viola alentejana): cordofone dedilhado que outrora existia um pouco por todo o Baixo Alentejo e quase desapareceu do universo da música tradicional portuguesa.
Castanholas: idiofone de madeira, (com formato algo semelhante às castanhas), de plástico ou outro material, composto de duas partes côncavas que batem uma na outra. Há também castanholas com cabo. É muito frequente na música tradicional espanhola.
Castanholas da Tabua: idiofone tradicional da Ilha da Madeira.
Castanholas de cabeça de cão: idiofone tradicional da Ilha da Madeira.
Caxixi: Instrumento tradicional brasileiro usado na "capoeira", é constituído por um cesto de vime em forma de chocalho encerrado no fundo uma cabaça que contém sementes.
Celesta: idiofone de teclado, é exteriormente parecido com um piano vertical ou um harmónio. Foi inventado em 1886 por Alphonse Mustel, em Paris. Tchaikosky introduziu-o na orquestra em 1892, na suite "O Quebra-nozes".
Charango: cordofone dedilhado tipicamente sul-americano, o charango tem origem na guitarra espanhola.
Ch'in: espécie de cítara chinesa de 7 cordas, agrupado entre os instrumentos de seda, utilizado para acompanhar a meditação.
Chicote: instrumento tradicional de percussão, conntituído por duas pequenas tábuas de madeira que batem uma contra a outra, lembrando a sua sonoridade o estalar de um chicote.
Chincalho: idiofone que se apresenta em formatos bastante variados, constituído basicamente por chapas metálicas que batem entre si quando o executante movimenta o instrumento.
Chiquitzi: palavra shangana (Moçambique) que designa um chocalho de mão constituído por uma caixa feita de caniço fino e sementes ou pequenas pedras no interior. Trata-se de um instrumento essencialmente tocado por mulheres e em festas de casamento.
Chitata: idiofone beliscado feito de lâminas de metal presas numa ponta a uma caixa de ressonância de madeira (Moçambique).
Chocalho: campaínha colocada pelos pastores ao pescoço das ovelhas, cabras ou vacas. Não sendo propriamente um instrumento musical, o chocalho de vaca já teve utilização em obras orquestrais (Sinfonia dos Alpes, de Richard Strauss, e Sinfonias nº 6 e nº 7 de Gustav Mahler).
Cholgo: tambor coreano usado nos templos.
Chu: tambor rectangular chinês.
Cítara: cordofone dedilhado, a cítara é um instrumento histórico com sonoridade aparentada à harpa. Há formas e nomes diferentes em vários países da Europa, nos países mediterrêneos e na Alemanha onde conheceu os nomes de "gittern", "zitter", "cytherne" e "cittharne".
Clarim: aerofone de metal que existe nas grandes orquestras e têm uma sonoridade muito pura e brilhante, embora não seja ttão fácil de tocar como o cornetim em si bemol.
Clarinete: aerofone de madeira de palheta simples constitui, com o fagote, os fundamentos do grupo das madeiras na orquestra. Benny Goodman e Alan Hacker são nomes incontornáveis entre clarinetistas.
Clavas: também chamadas "pausinhos", são idiofone de madeira, existentes em Portugal, Brasil e muitos países, com nomes, materiais e timbres diferentes. Os índios do Brasil decoravam as clavas com gravação a fogo.
Clavicórdio: instrumento predecessor do piano, é o mais antigo cordofone de tecla. Nos séculos XVII-XVIII, é o instrumento doméstico ideal para praticar ou tocar a solo.
Concertina: aerofone dotado de fole e palheta livre muito popular em Portugal. Instrumento da família do acordeão, nasceu no século XX.
Conga: membranofone muito utilizado no Caribe. É um tambor alto com sonoridade grave, de altura regulável. Pode ser tocada com os dedos e as mãos.
Contrabaixo: o maior dos cordofone de arco, muito utilizado na Música Clássica, em orquestras, e no Jazz, podendo ser tocado com ou sem arco. Entre os seus executantes mais célebres contam-se Charles Mingus e David Streicher.
Copofone: instrumento que surgiu na Europa no século XVII, provavelmente inspirado nos instrumentos asiáticos constituídos por taças metálicas ou de porcelana. A qualidade do vidro repercute-se na qualidade do som e na facilidade de tocar.
Cordofone: categoria de instrumentos musicais cujo som é produzido por cordas esticadas.
Corne inglês: aerofone da família do oboé, de palheta dupla também. Embora seja maior e mais grave que o oboé, a dedilhação é igual.
Cravo: cordofone de tecla, teve o seu período áureo no Barroco. No século XVII, destronou a espineta, mas as dificuldades em apresentar uma capacidade sonora satisfatória acabariam por afastar o cravo em detrimento do piano.
Crescente turco: Trata-se de um idiofone feito de objectos (campaínhas, correntes) que chocalham juntos, obtendo-se assim um som mais forte.
Cristalofone: idiofone de cristal. Na segunda metade do século XIX houve em Portugal um agrupamento de nome "Quinteto de Cristal".
Crótalos: Idiofone de metal, consiste em pares de pequenos címbalos de metal utilados muitas vezes para acompanhar a dança. É a variante metálica das castanholas.
Cuíca: membranofone de friccão tradicional do Brasil muito usado no Carnaval. Tem a forma de um tambor, mas tem uma varinha encostada à pele, no interior. É a fricção da vara que produz o seu timbre inconfundível.
Cumbus: membranofone clássico da Turquia, é um instrumento relativamente jovem, desenvolvido por Zeynel em Istambul por volta de 1900.
Daina: membranofone que, juntamente com a bhaya, constitui a tabla.
Damaroo: membranofone da Índia. No âmbito religioso, o som do Damaroo simboliza a criação e destruição, e é comum aparecer com Shiva em pinturas.
Darbuka: membranofone árabe.
Davul: bimenbranofone turco do tipo tambor grave. Remonta ao século XIV e foi introduzido na Europa no século XVIII.
Didgeridoo: aerofone aborígene da Austrália feito a partir de um tronco de árvore, podendo atingir 2 metros de comprimento. É uma espécie de trompa que exige muita força.
Dilruba: cordofone da Índia, é um instrumento clássico da música indiana, partilhando as origens do sarangi, mas nascido apenas no século XIX.
Dimba: xilofone nativo do Congo.
Dizi: flauta travessa chinesa.
Djembe: membranofone de origem africana, designadamente a Guiné, pertencente à família dos tambores de taça. Tem um corpo de madeira esculpido em forma de cálice, com esticadores a toda a volta.
Duff: tambor árabe em formato quadrangular que está na origem do adufe da Beira Baixa.
Dulcimer: cordofone norte-americano utilizado pelos índios dos Montes Apalaches, levado por europeus. As suas origens encontram-se provavelmente nas regiões que correspondem ao Irão e ao Iraque. É uma caixa de madeira achatada que pode ter até cem cordas.
Dung cheng: trompa do Tibete constituída por diversos elementos, podendo atingir 4 metros ou até mais.
Dutar: instrumento de corda originário da China, dotado de duas cordas e caixa de ressonância em forma de pera.
Ektara tenor: cordofone indiano, é constituído por uma caixa de ressonância redonda e um longo braço sobre o qual se pressionam as duas cordas obtendo diferentes sons.
Electrofone: categoria de instrumentos musicais cujo som é produzido por meios electrónicos.
Espineta: cordofone de teclado, é como que uma versão mais pequena do cravo. Foi muito importante no Período Barroco. Em França, tornou-se popular a partir do séc. XV.
Eufónio: do grego através do latim euphonium, é um aerofone de metal, aparentado à tuba, sendo também chamado bombardino.
Fagote: aerofone de madeira bastante grave que tem palheta dupla e um tubo cónico com cerca de 2,4 metros. James Mackintosh, Archie Camden e Simon Kovar são nomes de fagotistas célebres.
Fídula: palavra italiana que designa um cordofone antigo em registo grave. Aparece também com os nomes de fiddle, lyra, lira e geige (alemão). Juntamente com a rabeca era, na Idade Média, o instrumento mais popular.
Flauta de bisel: aerofone constituído por um tubo cilíndrico com diversos orifícios e um bocal com apito no qual se sopra directamente. Franz Brüggen e David Munrow são executantes internacioanlmente conhecidos.
Flauta de Pan: aerofone constituído por canas ou tubos cilíndricos de tamanhos diferentes. Os antigos gregos chamavam-lhe "syrinx". É um instrumento típico dos Andes e do Perú.
Flauta transversal: aerofone. Jean-Pierre Rampal e James Galway são nomes mundialmente reconhecidos como flautistas.
Flejguta: aerofone, flauta de cana de Malta.
Flexatone: instrumento de percussão moderno feito de metal, com uma folha de metal fina e uma pega de arame grosso.
Fliscorne: aerofone de metal, provido de válvulas. É um instrumento semelhante à trompete, mas tem uma tubagem mais larga e produz sons mais aveludados e menos brilhantes.
Gaita de foles: aerofone dotado de fole, um saco para onde o tocador sopra. Com o braço, o ar é empurrado através de um tubo para as gaitas, produzindo o som. É muito utilizado nas regiões de influência celta, incluindo a Escócia, França, Espanha e Portugal.
Gamelão: conjunto indonésio de instrumentos de percussão como o Kendang, o saron e o bonang, gongos, xilofones, metalofones, címbalos e flautas.
Genebres: idiofone constituído por uma série de paus redondos maciços, de tamanhos crescentes, enfiados numa tira de couro, formando colar. É utilizado na Lousã, na "Dança dos Homens", festa realizada em honra da Senhora dos Altos Céus, em Maio. A "genebres" é utilizada apenas nesta cerimónia. Normalmente, está entregue à Comissão de Festas e passa anualmente dos festeiros velhos para os festeiros novos.
Ghaita: aerofone de palheta dupla do Norte de África usado pelos encantadores de serpentes. Al ghaita ou al ghaida designa um instrumento semelhante ao surnay, uma espécie de oboé usado em dias festivos.
Glockenspiel: metalofone feito de barras metálicas rectangulares, organizadas em duas filas. As baquetas podem ser feitas de diferentes materiais, conforme as exigências da partitura: plástico, madeira, osso, borracha dura ou metal.
Gongo: idiofone percutido originário da China, é constituído por um disco metálico (cobre, bronze ou latão), suspenso por uma corda atada atada a dois pontos da orla. O som, que depende das dimensões do gongo, tem um efeito poderoso sobre o ouvinte. Considera-se que os melhores gongos são produzidos na China, onde encontramos referências ao instrumento já no século VI.
Grilinho: idiofone tradicional da Ilha da Madeira.
Guitarra espanhola: também chamado "guitarra clássica", é um cordofone dedilhado, com seis cordas de nylon e caixa de cedro, castanheiro ou carvalho. Francesco Tarrega, Andrés Segovia, Julian Bream e Jimmie Hendrix são nomes sobejamente conhecidos entre estes guitarristas.
Guitarra Portuguesa: cordofone com seis cordas duplas de metal, tocado com uma espécia de unhas postiças.
Gumbri: cordofone árabe.
Gu-zheng: instrumento tradicional chinês de 21 (ou mais) cordas.
Harmónica de vidro: idiofone de fricção criado por Benjamin Franklin em 1761. É constituído por uma série de taças de vidro de diferentes tamanhos. Mozart, Beethoven, Martini, Hasse, Galuppi, Jomeli e Glinka compuseram para harmónica de vidro.
Harmónio: órgão de palhetas, "parente pobre" do órgão de tubos, é aerofone de tecla, dotado de fole e palhetas. Foi muito usado nas igrejas, designadamente em Portugal, nas celebrações litúrgicas, em substituição do órgão de tubos que é, por excelência, o instrumento da Igreja Católica no Ocidente.
Harmónio indiano: aerofone de tecla que não é originário da Índia mas se baseia no órgão de palhetas (harmónio) levado pelos europeus no século XIX.
Harpa: cordofone dedilhado. Sidonie Goossens e Marisa Robles são nomes internacionalmente conhecidos entre harpistas.
Harpa celta: cordofone dedilhado, verdadeiro símbolo da Irlanda, é uma pequena harpa de 24 a 34 cordas e cerca de 1,5 metros de altura.
Hsiao: aerofone tradicional da China.
Hsuan: aerofone chinês feito de argila, aparentado à ocarina.
Hu-ch'in: cordofone tradicional da China.
Idiofone: categoria de instrumentos musicais cujo som é produzido pelo próprio corpo do instrumento, sem estar esticado. Os idiofones podem ser de percussão e terem conjuntos de corpos vibrantes, como os xilofones, metalofones, litofones, cristalofones, ou serem apenas um corpo vibrante como os ferrinhos (triângulo), o gongo ou o sino. Podem ser idiofones percutidos, quando se bate com uma baqueta ou a própria mão; percussivos, se o próprio instrumento bate numa superfície dura; concussivos, quando se trata de dois corpos iguais ou semelhantes, como os pratos ou as castanholas. Além dos idiofones de percussão, há os de agitamento formados por recipientes com pequenos grãos, como as maracas; de raspagem, se uma parte raspa a outra (reco-reco); beliscados (quando se belisca as suas lâminas ou arame, no caso da sansa ou do berimbau); idiofones friccionados, se o som é produzido pela fricção do corpo vibrante (harmónica de vidro).
Instrumento: termo que designa todos os dispositivos capazes de produzir sons utilizáveis na execução de música.
Jingle stick: chincalho, idiofone de agitamento.
Kalangu: membranofone africano.
Kalimba: idiofone beliscado dotado de lâminas de metal presas numa ponta a uma caixa de ressonância de madeira. É originário do Zimbabwe, e semelhante ao "sansa" do Zaire. Há kalimbas soprano e contralto.
Kazoo: o kazoo ou mirlitão é um membranofone soprado, constituído por uma membrana que entronca na extremidade inferior de um pequeno tubo de metal ou de plástico.
Kinnor: cordofone que aparece referido várias vezes na Bíblia, sendo chamado harpa de David. É um instrumento de 10 cordas parecido com a lira.
Koka zvana - conjunto russo de sinos suspensos feitos de madeira.
Kora: cordofone africano do Senegal com caixa de cabaça e pele esticada, com braço de madeira, duas pegas e cordas de nylon dedilhadas.
Koto: cordofone dedilhado japonês de treze cordas dedilhadas e caixa na horizontal com cerca de 1,8 metros. Originário do Qin chinês, foi introduzido no Japão por músicos chineses e coreanos no séc. VII.
Ku: membranofone chinês.
Kuan-tzu: aerofone tradicional da China.
Ku-ch'in: cordofone tradicional chinês.
Kuvikli: flauta russa constituída por tubos de diferentes tamanhos, à semelhança da flauta de Pan.
Lira: cordofone dedilhado com formato bastante característico, dois braços verticais de madeira, ligados a uma caixa de ressonância, em baixo, e a uma travessa, em cima.
Lira africana: cordofone dedilhado, é um instrumento muito antigo e construído de modo bastante rudimentar.
Litofones: pedras sonoras de diferentes tamanhos, em forma de barras dispostas como as dos xilofones, ou então em placas suspensas.
Machete: o m.q braguinha, instrumento tradicional madeirense de 4 cordas afinadas em Ré.
Maraca: idiofone constituído por uma cabaça seca e oca, um coco ou outro material com sementes, muito usado para acompanhar música de dança na América Latina, designadamente.
Maribao: termo brasileiro que designa um idiofone beliscado feito de lâminas de metal presas numa ponta a uma caixa de ressonância de madeira.
Marimba: o termo pode designar o xilofone artesanal também chamado balafon. A marimba usada na orquestra é uma espécie de xilofone grave, cujas barras de madeira são obviamente mais compridas e grossas. Além disso, tem tubos de ressonância.
Mbira: instrumento africano de carácter religioso constituído por cerca de 22 a 28 placas metálicas sobre uma pequena caixa de madeira, tocadas com os dedos do executante. Instrumento muito importante na África sub-saariana, é também conhecido por kalimba.
Melódica: aerofone de tecla criado pela empresa alemã Honner por volta de 1950. Outros fabricantes deram-lhe nomes diferentes como piano de bolso, melodião ou pianica. Augustus Pablo é um dos intérpretes mais famosos deste instrumento.
Membranofone: categoria de instrumentos musicais cujo som é produzido por uma ou mais membranas esticadas.
Mirlitão: conjunto de instrumentos e brinquedos sonoros em que uma membrana vibra por simpatia, ampliando e distorcendo os sons produzidos pela voz.
Mizmar: aerofone de palheta dupla dotado de sete orifícios, tradicional do Egipto e do Próximo Oriente.
Mongolo: cordofone que os russos chamam dômra e que tem uma caixa de ressonância arredondada, braço alongado e cordas metálicas, sendo usado plectro na sua execução. A dômra pode tocar a solo, em pequeno agrupamento instrumental e em orquestra.
Naqqara: tambor árabe que talvez esteja na origem dos timbales usados na Europa.
Nevel: cordofone referido várias vezes na Sagrada Escritura, no Antigo Testamento. É citado pelo Livro dos Salmos (Salmo 92, 3), Isaías 5, 12 e Daniel 3, 5.
Nikkelen Nelis: conjunto de instrumentos de percussão constituído por tambores, címbalos e campainhas, no topo, tocado por um um homem-orquestra que acciona vários pedais, na base do instrumento.
Oboé: aerofone de madeira, de palheta dupla. A palavra deriva do francês "hautbois". Leon Goossens e Heinz Holliger são oboistas de renome internacional.
Ocarina: aerofone. A palavra, italiana, significa literalmente "pequeno ganso" . Trata-se de um instrumento de cerâmica da família das flautas globulares, geralmente ovais, com orifícios e embocadura.
Ocarinas arcaicas: aerofone arcaico do México. As ocarinas e os apitos de osso são instrumentos pré-históricos.
Orff (instrumental): lâminas, instrumentos de percussão de altura definida cujo nome está ligado ao compositor e pedagogo alemão Carl Orff.
Órgão de tubos: aerofone de teclado constituído por diferentes tubos, um ou mais teclados e pedaleira, fole, someiro, manúbrios e outros elementos que permitem a chegada do ar aos tubos e a obtenção de sonoridades pretendidas. É, por excelência, o instrumento da Igreja Católica.
Órgão de tubos antigo: aerofone de teclado, dotado de fole. A origem do instrumento é atribuída a Ctesíbio, engenheiro mecânico de Alexandria, no século III a. C.
Pandeireta: instrumento de percussão híbrido formado por uma pele sobre armação cilíndrica com fendas atravessadas por eixos e discos metálicos na ilherga.
Pandeiro arábico: membranofone constituído por uma membrana sobre armação circular pouco funda que produz pouca ressonância.
Pau-de-chuva: idiofone constituído por um tubo de plástico ou de madeira contendo grãos ou pequenas bolas que, ao cairem quando o tubo é colocado na vertical, imitam o som da chuva.
Piano de cauda: cordofone de teclado com maior capacidade sonora que o piano vertical. No século XIX, a armação de ferro fundido contribuiu para aumentar a tensão das cordas, produzindo-se um som mais cheio.
Piano digital: electrofone de tecla que imita sons de pianos acústicos sendo economicamente mais acessível.
Piano vertical: cordofone de tecla, cujas origens remontas se encontram no saltério. É constituído por um teclado, cordas com espessuras e comprimentos diversos, martelos que batem nas cordas, abafadores e pedais.
P'ip'a: espécie de alaúde chinês, é um cordofone dedilhado de 4 cordas de seda ou nylon e caixa de pauvlónia em forma de pera. É conhecida a sua existência há cerca de 2000 anos.
Pien-ch'ing: litofone chinês constituído por 16 pedras em forma de L, todas com o mesmo tamanho mas com espessura e dureza diferentes.
Pien-chung: conjunto chinês constituído por sinos de diferentes tamanhos.
Pivana: aerofone corso feito de corno de cabra, algo semelhante ao "shofar" hebraico.
Pratos: sinónimo de címbalos, é um idiofone concussivo provavelmente originário da Mesopotâmia a partir de onde se expandiu para outras regiões. A família arménia Zildjian fabrica com grande perfeição estes instrumentos há mais de três séculos, desde que o alquimista de Constantinopla Avedis Zildjian aplicou aos címbalos os conhecimentos sobre como tratar ligas de metais.
Quanum: cordofone árabe.
Qin: cítara chinesa que remonta a mil anos antes de Cristo.
Quissange: instrumento angolano constituído por pequenas barras de metal de diversos tamanhos, presas a uma base de madeira e tocadas pelos dedos polegares.
Rabeca: cordofone friccionado de arco semelhante ao violino e muito usado ainda em Cabo Verde. É a correspondente europeia do rebab islâmico.
Rabel: instrumento de corda friccionada muito frequente no Norte da Península Ibérica.
Rajão: instrumento tradicional madeirense de 5 cordas com afinação reentrante.
Rebâb: designação genérica de antigos cordofones friccionados de arco antigos do Norte de África e do mundo islâmico. Tinha apenas duas cordas e um corpo pequeno em forma de pera.
Reco-reco: Idiofone tradicional com formas muito variadas, pertence à família dos idiofones de raspagem. Uma vara de madeira mais fina raspa a parte que tem saliências, produzindo-se um timbre característico. Há reco-recos de plástico, madeira, de metal e mistos.
Rombo: instrumento muito antigo, já presente na Idade da Pedra, constituído por uma lâmina de metal ou de madeira que produz uma sonoridade característica, conforme gira com maior ou menor velocidade sobre si própria.
Sanfona: cordofone originário da Idade Média. As suas cordas são calcadas por um disco giratório, e não friccionadas. Chegou a ser uma espécie de parente pobre do órgão de tubos, substituindo-o nas igrejas que não podiam ter órgão.
San-ksien: cordofone tradicional da China.
Sansa: idiofone beliscado feito de lâminas de metal presas numa ponta a uma caixa de ressonância de madeira. É originário do Zaire, mas aparece com nomes diferentes em outros países africanos.
Sanshin: cordofone dedilhado do Japão, com 3 cordas, caixa forrada a pele e braço bastante alongado. Tornou-se muito popular no Japão no século XIX.
Santur: instrumento de cordas tendidas horizontalmente que são percutidas com dois finos martelinhos de madeira esculpida, pode ser considerado um parente longínquo do piano. É um instrumento difícil e delicado que exige virtuosismo. O santur iraquiano difere um pouco do iraniano e do grego: tem mais possibilidades sonoras, com os seus 23 a 25 grupos de cordas "irmãs"; conforme os músicos, cada grupo pode ter 3, 4 ou mesmo 5 cordas.
Sarangi: cordofone friccionado por um arco, muito utilizado na música clássica indiana, podendo tocar a solo ou acompanhar cantores.
Saung: considerado instrumento musical nacional de Burma (Myanmar) é um instruemnto de corda aparentado à harpa.
Sarronca: membranofone tradicional e rudimentar, é constituído por um cântaro de barro que funciona como caixa de ressonância, uma pele que tapa a boca do vaso e um pau fino que trespassa a pele e, ao friccioná-la produz um som grave.
Saxofone: aerofone de palheta simples inventado por Adolph Sax. Charlie Parker, John Coltrane e Stan Getz são nomes famosos de saxofonistas.
Senza: família de instrumentos feitos de lâminas de metal. Este tipo de idiofones está espalhado um pouco por toda a África.
Serpentão: Datado do século XVI, o serpentão é um instrumento de sopro da família dos metais, com bocal e corpo longilíneo e serpenteado, (de onde lhe vem o nome).
Serouba: membranofone, conjunto de instrumentos de percussão que podemos encontrar na Áfica Central e Ocidental.
Shakuhachi: aerofone japonês, é uma flauta de bambu cujo tubo é aberto nas extremidades e mede cerca de 55 cm. Foi levado da China para o Japão em 935, por sacerdotes budistas.
Sheng: aerofone chinês de boca, formado por 17 tubos (canas de bambú), remonta provavelmente a 3000 anos a. C. Era constituído por uma câmara de vento (à qual estavam ligados tubos de babú) para cujo interior o músico soprava. Foi introduzido na Europa em 1777 e terá influenciado a concertina.
Shô: órgão de boca japonês que resulta da introdução na corte japonesa, no século VIII, de uma espécie de sheng chinês.
Shofar: aerofone da antiguidade bíblica. A palavra hebraica significa "corno de carneiro". É um instrumento de sopro rudimentar. Na Bíblia, o instrumento aparece em várias ocasiões, designadamente nos episódios do sacrifício de Isaac e na batalha de Jericó.Sinos tubulares: este instrumento também chamado carrilhão de orquestra, é constituído por um conjunto de tubos de metalde tamanhos graduados mas com o mesmo diâmetro. Têm dois orifícios numa extremidade, pela qual estão estão suspensos de uma estrutura. A sua origem, com bambú, encontra-se no Suoeste Asiático. Sitar: cordofone muito popular no Norte da Índia, pode ter de três a sete cordas e é acompanhado muitas vezes pelas tablas.
Skrabalas: idiofone de madeira que podemos encontrar na Rússia e na região do Báltico.
Soduang: cordofone de arco, dotado de duas cordas, utilizado na Coreia.
So-na: aerofone de palheta dupla, tradicional da China.
Sousafone: aerofone de metal que deve o seu nome ao norte-americano de ascendência lusa John Philipp de Sousa, célebre compositor de marchas.
Surdo: bimembranofone de grandes dimensões, é originário do Brasil e fundamental no samba. A caixa pode ser de metal ou de madeira. O seu som grave atravessa qualquer parede.Tambor: subcategoria de membranofones que pode ter uma ou duas membranas com formatos muito diversificados, cilíndrico, longo, cónico. Podem ter forma de ampulheta, de taça ou de barril. A sarronca é um tambor de fricção, dado que a membrana é posta em vibração por um pau. Tantã: idiofone percutido metálico, o maior dos gongos. É tocado com uma baqueta forrada a couro ou feltro.
Tyba: cordofone do Vietname tocado com um plectro na mão direita que raspa as cordas para cima e para baixo rapidamente.
Tabla: membranofone duplo indiano, composto por um tambor cónico e outro cilíndrico. Ravi Shankar, executante deste instrumento, gravou um album em dueto com Yehudi Menuhin. Ti: aerofone de madeira, tradicional da China. Timbales: subgrupo dos tambores, que se distinguem pelo seu formato hemisférico e o som mais definido que os outros tambores. Tímpanos: também chamados timbales, têm aproximadamente a forma hemisférica, feitos de cobre, com uma membrana no cimo da caixa. Afinam-se através de um pedal.
Tiorba: alaúde baixo, é um cordofone que surgiu na Idade Média e gozou, durante dois séculos, de grande popularidade na Europa.
Triângulo: idiofone metálico percutido, também chamado "ferrinhos", possui um som penetrante, sendo utilizado na música tradicional e na própria música erudita. Consiste num ferro em forma triangular, aberto, no qual se bate com um pequeno ferro. É suspenso de uma corda, e enquanto uma mão sustenta o triângulo, a outra faz a percussão. Tem-se conhecimento do triângulo desde o século XIV.
Trompa: aerofone de metal que possui um tubo cilíndrico ou cónico, com bocal e pistões. Denis Brain e Barry Tuckwell são nomes célebres de trompistas.
Trompa alpina: aeorofone rectilíneo tradicional dos Alpes suíços, com mais de um metro de comprimento, terminando numa campânula ligeiramente virada para cima. Já no século VI era conhecido na Suiça.
Trompete: aerofone de metal. Louis Amstrong, Miles Davies e Winton Marsalis contam-se entre os trompetistas famosos. Tsenatsil: idiofone de agitamento aparentado ao sistro, usado nas cerimónias da igreja copta, na Etiópia.
Tuba: aerofone de metal, dotado de um tubo largo e válvulas, é o maior e o mais grave da secção de metais da orquestra. Foi integrado na orquestra no século XIX, substituindo o oficleide.Ud: também chamado barbat, é cordofone dedilhado originário do Norte de África, com braço curto e caixa de ressonância em forma de pêra, sendo as costas abauladas.Uffataha: flauta africana.
Vibrafone: idiofone de altura definida, constituído por barras de metal de tamanhos diferentes que têm, cada uma, um tubo de ressonância. Foi inventado por volta de 1915, a partir do xilofone que, como a palavra grega diz, é feito de madeira. Pode ser tocado por duas, três ou quatro baquetas.
Vihuela: Cordofone aparecido em Espanha por volta do século XIII, a vihuela foi um instrumento muito utilizado pelos trovadores.
Vina: cordofone indiano muito antigo com duas caixas de ressonância feitas de cabaça, tocado por um plectro de metal.
Viola da Gamba: antigo cordofone de arco, semelhante ao violoncelo e tocado entre os joelhos, na vertical.
Viola de arame: instrumento tradicional madeirense de 10 cordas afinadas em ré.
Violeta: cordofone friccionado, também chamado viola ou viola de arco. Entre os executantes mais conecidos encontram-se Victor Lalo, Paul Hindemith, Yuri Brashmet.
Violino: cordofone friccionado, é o mais pequeno dos instrumentos de arco da orquestra e do quarteto de cordas. Niccolò Paganini, David Oistrakh, Yehudi Menuhin, Isaac Stern Anne-Sophie Mutter e Nigel Kennedy são alguns dos intérpretes mais conhecidos.
Violoncelo: cordofone de arco tocado entre os joelhos na vertical, é maior do que o violino e a viola de arco, embora tenha uma forma semelhante. Tem origem no século XVI, sendo o italiano Andrea Amati um dos primeiros construtores conhecidos, tendo feito em 1572 o "King Amati". Luigi Bocherini, Pablo Casals, Guilhermina Suggia, Jacqueline du Pré são intérpretes famosos deste instrumento.
Virginal: cordofone de tecla com origem no saltério, é conhecido em Inglaterra desde 1460. Os virginais eram instrumentos magnificamente decorados.
Xilofone: idiofone de altura definida que faz parte do instrumental Orff. É constituído por pequenas tábuas de madeira de tamanhos diferentes. As baquetas podem ser de madeira, borracha, ou plástico, ou fio Yueh-ch'in: cordofone tradicional da China com caixa de ressonância redonda, de madeira e quatro cordas.Zafzafa: membranofone de fricção de Malta. Zambomba: tambor de fricção espanhol semelhante à sarronca, muito usado na época natalícia.Zaqq: gaita-de-foles de Malta, aerofone. Zil: idiofone árabe constituído por pequenos pratos de cobre tocados por bailarinos designadamente. Zummara: aerofone de palheta dupla de origem árabe, é uma espécie de pequeno clarinete duplo feito de bambú. Encontra-se em Malta. Em outras regiões é também conhecido por "mejwes".Zurna: aerofone de palheta dupla assim chamado na Turquia, Irão e Curdistão, de características semelhantes ao "mizmar".


quarta-feira, 3 de agosto de 2011

historia da musica


Historia da palavra
A palavra MÚSICA deriva de "arte das musas" em uma referência à mitologia grega, marca fundamental da cultura da antigüidade ocidental.
No entanto muitos estudiosos procuram as origens da música nos períodos anteriores da história do homem, ou seja, na pré-história. A maioria acredita que é muito difícil conceber como os "homens das cavernas" entendiam a música, pois não deixaram vestígios arqueológicos a respeito do entendimento dos sons, fato que permite muita especulação a respeito.
No entanto, a possibilidade de imaginar a música em sociedades Pré-históricas é mais plausível do que se imagina, pois, utilizando os conceitos predominantes na sociologia, encontramos ainda hoje sociedades que vivem na pré-história, em um nível de organização social que não atingiu o estágio de civilização. O exemplo mais fácil para nossa percepção são os indígenas brasileiros, que, na maioria dos casos, vivem ainda no período neolítico, com o desenvolvimento de uma agricultura rudimentar e organização social tribal.
Dessa maneira podemos perceber que o homem na pré-história produzia uma música com caráter religioso, mágico, quer dizer, ritualístico, batendo as mãos e os pés, com um ritmo definido, agradecendo aos deuses ou buscando sua proteção para a caçada ou guerra. No mesmo período os homens passaram a bater na madeira, produzindo um som ritmado, surgindo assim o primeiro instrumento de percussão.

historia
Quando ouvimos uma música executada por uma orquestra, o termo música clássica é empregado em dois sentidos diferentes. As pessoas às vezes, usam a expressão ‘música clássica’ considerando toda a música dividida em duas grandes partes: ‘clássica’ e ‘popular’.
Para o estudioso ou musicólogo, entretanto, ‘Música Clássica’ tem sentido especial e preciso: é a música composta entre 1750 e 1810, que inclui a música de Haydn, Mozart, Beethoven e outros. As composições de outros autores, não podem ser consideradas clássicas. Ouvir Bach ou Vivaldi significa dizer que estamos ouvindo música barroca, se referirmos a Chopin, Verdi ou Wagner estaremos ouvindo música do período romântico. Se quisermos generalizar, pudemos dizer que gostamos de música Erudita. Estudemos um pouco mais...
Não falaremos da música dita popular com as suas várias definições, pois essas podem levar o sujeito a estados de muita alegria ou mesmo de grande depressão. Aquelas que falam do amor entre homem e mulher podem ilustrar o que estamos querendo dizer. Podem causar entusiasmo de alegrias ou levar o sujeito a cometer erros em nome desse amor; pode elevar o sentimento como, pode também rebaixá-lo a ponto de deixá-lo na sarjeta.
A música Erudita em todos os seus períodos tende a levar o sujeito ao equilíbrio, pois, uma onda sonora causa mudanças na pressão do ar na medida em que se move através dele. Desta forma, quando os temas musicais fluentes, diminuem a velocidade da pulsação do coração e da respiração, você mergulha em um mundo de harmonia que lhe transmite paz, tranquilidade e relaxamento.
Composições cheias de tranquilidade evocam as imagens que vão até as fronteiras de sua percepção, comovendo você profundamente. Por isso, quando você ouve um “canto Gregoriano” ou uma música mais tranquila (harmônica), você tende a se acalmar e a entrar num estado de relaxamento e reflexão. Por isso, muitas pessoas ao ouvirem música dessa natureza sentem sonolência devido ao relaxamento dos músculos provocado pelo ar rarefeito.
Há alguns anos atrás, vimos no programa Fantástico da TV Globo uma pesquisa feita por cientistas nos Estados Unidos, onde eles colocaram dentro de quartos separados, plantas com flores que tinham sido germinadas, crescidas e dado flores ao mesmo tempo. Em um ambiente, as plantas ouviam músicas barrocas e no outro, as plantas ouviam música do tipo rock metal. Após vinte e quanto horas e com o acompanhamento de quadros feitos pela câmera, pudemos observar, na medida em que o tempo passava que as que ouviam rock foram murchando e as outras ficaram mais viscosas como se estivessem mais alegres.
Divaguemos um pouco mais sobre a música erudita para melhor compreensão:
Entre os vestígios remanescentes das grandes civilizações da antiguidade, foram encontrados testemunhos escritos em registros pictóricos e escultóricos de instrumentos musicais e de danças acompanhadas por música. A cultura sumeriana, que floresceu na bacia mesopotâmica vários milênios antes da era cristã, incluía hinos e cantos salmodiados em seus ritos litúrgicos, cuja influência é perceptível nas sociedades babilônica, caldéia e judaica que se assentaram posteriormente nas áreas geográficas circundantes. O antigo Egito, cuja origem agrícola se evidenciava em solenes cerimônias religiosas que incorporavam o uso de harpas e diversas classes de flautas, alcançou também alto grau de expressividade musical.
Na Ásia onde a influência de filosofias e correntes religiosas como o budismo, o xintoísmo, o islamismo etc. foi determinante em todos os aspectos da cultura; os principais focos de propagação musical foram as civilizações chinesa, do terceiro milênio antes da era cristã e indiana.
O ocidente europeu possuía uma tradição pré-histórica própria. É bem conhecido o papel preponderante assumido pelos druidas, sacerdotes, bardos e poetas, na organização das sociedades celtas pré-romanas.
A tradição musical da Anatólia, porém, penetrou na Europa através da cultura grega, cuja elaborada teoria musical constituiu o ponto de partida da identidade da música ocidental, bastante diversa da do Extremo Oriente.
A música americana pré-colombiana possui acentuado parentesco com a chinesa e a japonesa em suas formas e escalas, o que se explica pelas migrações de tribos asiáticas e esquimós através do estreito de Bering, em tempos remotos. Finalmente, a cultura musical africana não árabe peculiariza-se por complexos padrões rítmicos, embora não apresente desenvolvimento equivalente na melodia e na harmonia.
Ao redor de 500 anos D.C. a civilização ocidental começou a emergir do período conhecido como A Idade Escura. Durante os próximos 10 séculos, a Igreja católica recentemente emergida dominaria a Europa, enquanto administrando justiça, instigando "as Cruzadas Santas" contra o leste, estabelecendo Universidades, e geralmente ditando o destino da música, arte e literatura.
Dessa forma classificou  a música conhecida como canto gregoriano que era a música aprovada pela Igreja. Muito posterior, a Universidade de Notre em Paris viu a criação de um tipo novo de música chamada organum. Foi cantada a música secular por toda parte na Europa pelos trovadores e trouvères de França. E foi durante a Idade Media que a cultura ocidental viu a chegada do primeiro grande nome em música, o de Guillaume Machaut.
Diante do exposto, podemos dividir a história da música em períodos distintos, cada qual identificado por um estilo. É claro que um estilo musical não se faz da noite para o dia. É um processo lento e gradual, sempre com os estilos sobrepondo-se uns aos outros. Mas, para efeito de classificação, costuma-se dividir a História da Música do Ocidente em seis grandes períodos: Música Medieval
Durante muito tempo, a música foi cultivada por transmissão oral, até que se inventou um sistema de escrita. Por volta do século IX apareceu, pela primeira vez, a pauta musical. O monge italiano Guido d’Arezzo (995 - 1050) sugeriu o uso de uma pauta de quatro linhas. O sistema é usado até hoje no canto gregoriano.
A utilização do sistema silábico de dar nome às notas deve-se também ao monge Guido d'Arezzo e encontra-se numa melodia profana, hino que os meninos cantores entoavam ao padroeiro dos músicos São João Batista, para que os protegesse da rouquidão, cada linha da qual começava com uma nota mais aguda que a anterior. Associou à melodia a um texto sagrado em Latim, cuja primeira sílaba de cada linha podia dar o nome de cada nota da escala musical.
Cuja tradução é: Para que nós, servos, com nitidez e língua desimpedida, o milagre e a força dos teus feitos elogiemos, tira-nos a grave culpa da língua manchada São João.
Durante o século XIX, o sistema de Guido foi adaptado para transformar-se no sol - fá tônico dos nossos dias, e usado para ensinar não músico a cantar música coral. Foi nessa época que alguns tons foram reformulados de modo a facilitar o canto. Ut tornou-se e SA tornou-se SI (iniciais de Sancte Ioannes)
O tipo de música mais antigo que conhecemos consiste em uma única linha melódica cantada, sem qualquer acompanhamento. Este estilo é o chamado Cantochão ou Canto Gregoriano. Com o passar do tempo acrescentou-se outras vozes ao cantochão, criando-se as primeiras composições em estilo coral.
Além do Cantochão, cantado nas igrejas, produziam-se na Idade Média muitas danças e canções. Durante os séculos XII e XIII houve intensa produção de obras em forma de canção, composta pelos trovadores, poetas e músicos do sul da França e Itália.
As danças eram muito populares em festas e feiras e podiam ser tocadas por dois instrumentos, com um grupo mais numeroso. Os instrumentos que acompanhavam estas danças incluíam: a viela (antepassado da família do violino), o alaúde, flautas doces de vários tamanhos, gaitas de foles, o trompete reto medieval, instrumentos de percussão ( triângulos, sinos, tambores).
O período da Renascença se caracterizou, na História da Europa Ocidental, sobretudo pelo enorme interesse ao saber e à cultura, particularmente a muitas ideias dos antigos gregos e romanos.
Foi também uma época de grandes descobertas e explorações, em que Vasco da Gama, Colombo, Cabral e outros exploradores estavam fazendo suas viagens, enquanto notáveis avanços se processavam na Ciência e Astronomia.
Os compositores passaram a ter um interesse muito mais vivo pela música profana ( música não religiosa), inclusive em escrever peças para instrumentos, já não usados somente para acompanhar vozes. No entanto, os maiores tesouros musicais renascentistas foram compostos para a igreja, num estilo descrito como polifonia coral ou policoral e cantados sem acompanhamento de instrumentos.
A música renascentista é de estilo polifônico, ou seja, possui várias melodias tocadas ou cantadas ao mesmo tempo.
Música vocal
Na Basílica de São Marcos, em Veneza, havia dois grandes órgãos e duas galerias para coro, situadas em ambos os lados do edifício. Isso deu aos compositores a ideia de compor peças para mais de um coro, chamadas policorais. Assim, uma voz vinda da esquerda é respondida pelo coro da direita e vice versa. Algumas das peças mais impressionantes são as de Giovani Gabrielli ( 1555 - 1612), que escreveu corais para dois e três grupos.
Os Motetos eram peças escritas para no mínimo quatro vozes, cantados geralmente nas igrejas. Os Madrigais eram canções populares escritas para várias vozes e que se caracterizam-se por não ter refrão. De grande sucesso nas Inglaterra do século XVI, passaram a ser cantados nos lares de todas as famílias apaixonadas por música.
Música instrumental
Até o começo do século XVI, os compositores usavam os instrumentos apenas para acompanhar o canto, contudo, durante o século XVI, os compositores passaram a ter cada vez mais interesse em escrever música somente para instrumentos.
Em muitos lares, além de flautas, alaúdes e violas, havia também um instrumento de teclado, que podia ser um pequeno órgão, virginal ou clavicórdio. A maioria dos compositores ingleses escreveu peças para o virginal. No Renascimento surgiram os primeiros álbuns de música, só para instrumentos de teclados.
Muitos instrumentos, como as charamelas, as flautas e alguns tipos de cornetos medievais e cromornes continuavam populares. Outros, como o alaúde, passaram por aperfeiçoamentos.

Música barroca

A palavra Barroco é provavelmente de origem portuguesa, significando pérola ou jóia no formato irregular. De início era usada para designar o estilo de arquitetura e da arte do século XVII, caracterizado pelo excesso de ornamentos. Mais tarde, o termo passou a ser empregado pelos músicos para indicar o período da história da música que vai do aparecimento da ópera e do oratório até a morte de J. S. Bach.
A música barroca é geralmente exuberante: ritmos enérgicos, melodias com muitos ornamentos, contrastes de timbres instrumentais e sonoridades fortes com suaves.

Música vocal  

Orfeu, do compositor Montiverdi (1567-1643) escrita no ano de 1607 é a primeira grande ópera. Ópera é uma peça teatral em que os papéis são cantados ao invés de falados. A ópera de Montiverdi possuía uma orquestra formada de 40 instrumentos variados, inclusive com violinos, que começavam a tomar lugar das violas.Alessandr Scarlatti foi o mais popular compositor italiano de óperas. Na França os principais compositores de óperas foram Lully e Rameau .

Nascido na mesma época da ópera, o Oratório é outra importante forma de música vocal barroca. O oratório é um tipo de ópera com histórias extraídas da Bíblia. Com o passar do tempo os oratórios deixaram de ser representados e passaram a ser apenas cantados. Os mais famosos oratórios são os do compositor alemão Haendel (1685-1759), do início do século XVIII: Israel no Egito, Sansão e o famoso Messias e muitos outros. As Cantatas são oratórios em miniaturas e eram apresentados nas missas.

Música instrumental

Durante o período barroco, a música instrumental passou a ter importância igual à da música vocal. A orquestra passou a tomar forma. No início a palavra ‘orquestra’ era usada para designar um conjunto formado ao acaso, com os instrumentos disponíveis no momento. Mas no século XVII, o aperfeiçoamento dos instrumentos de cordas, principalmente os violinos, fez com que a seção de cordas se tornasse uma unidade independente. Os violinos passaram a ser o centro da orquestra, ao qual os compositores acrescentavam outros instrumentos: flautas, fagotes, trompas, trompetes e tímpanos.
Um traço constante nas orquestras barrocas, porém, era a presença do cravo ou órgão como contínuo, fazendo o baixo e preenchendo a harmonia. Novas formas de composição foram criadas, como a fuga, a sonata, a suíte e o concerto.
Conforme dissemos outrora, algumas pessoas às vezes, usam a expressão ‘música clássica’ considerando toda a música dividida em duas grandes partes: ‘clássica’ e ‘popular’, entretanto, para o estudioso ou musicólogo, a ‘Música Clássica’ tem sentido especial e preciso: é a música composta entre 1751 e 1810.
Música instrumental
A Música Clássica mostra-se refinada e elegante e tende a ser mais leve, menos complicada que a Romântica e seguintes. Os compositores procuraram realçar a beleza e a graça das melodias. A Orquestra está em desenvolvimento. Os compositores deixaram de usar o cravo e acrescentaram mais instrumentos de sopro.
Durante o Período Clássico, a música instrumental passou a ter maior importância que a vocal. Nesta época criou-se a Sonata. É uma obra com vários movimentos para um ou mais instrumentos.
A Sinfonia é, na realidade, uma sonata para orquestra. Seu número de movimentos passam a ser quatro: rápido - lento - Minueto - muito rápido. Haydn, Mozart e Beethoven foram os maiores compositores de sinfonias do Classicismo.
O Concerto consiste em uma composição para um instrumento solista contra a massa orquestral. Tem três movimentos: rápido - lento - rápido.
Muitas obras foram escritas para o piano forte, em geral chamado piano para abreviar. Bartolomeu Cristfori, construtor de cravos italiano, por volta de 1700 já havia concluído a fabricação de pelo menos um destes instrumentos. Enquanto as cordas do cravo são tangidas por bicos de penas, o piano tem suas cordas percutidas por martelos, cuja dinâmica pode ser variada de acordo com a pressão dos dedos do executante. Isso daria ao piano grande poder de expressão e abriria uma série de possibilidades novas.
No começo o piano custou para se tornar popular porque os primeiros modelos eram muito precários. Mas, no final do século XVIII o cravo já havia caído em desuso, substituído pelo piano.
A serviço da alta nobreza, o músico não passava de um criado que, depois de fornecer música para fundo de jantares e conversas, ia jantar na cozinha com os demais empregados da casa. Para agradar seus patrões, precisava seguir as tradições musicais. Em sua obra respeitava e refletia as emoções da corte. A imaginação criadora não seria bem vinda se representasse a quebra das estruturas tradicionais. Haydn aceitou esse trato e cumpriu suas obrigações. Mozart não aceitou estes limites e pagou um preço alto pela obstinação em se manter fiel à seus princípios. As cortes o relegaram ao esquecimento e o deixaram morrer como um mendigo. Beethoven foi o primeiro a decidir que não devia obrigações a ninguém e exigiu ser respeitado como artista. Nascia, com Beethoven, o pensamento romântico.

Música romântica

Os compositores clássicos tinham por objetivo atingir o equilíbrio entre a estrutura formal e a expressividade. Os românticos vieram desequilibrar tudo. Eles buscavam maior liberdade de forma, a expressão mais intensa e vigorosa das emoções, frequentemente revelando seus pensamentos mais profundos, inclusive suas dores. Muitos compositores românticos eram ávidos leitores e tinham grande interesse pelas outras artes, relacionando-se estreitamente com escritores e pintores. Não raro uma composição romântica tinha como fonte de inspiração um quadro visto ou um livro lido pelo compositor.
Dentre as muitas ideias que exerceram enorme fascínio sobre os compositores românticos temos: terras exóticas e o passado distante, os sonhos, a noite e o luar, os rios, os lagos e as florestas, as tristezas do amor, lendas e contos de fadas, mistério, a magia e o sobrenatural. As melodias tornam-se apaixonadas, semelhantes à canção. As harmonias tornam-se mais ricas, com maior emprego de dissonâncias.
Durante o Romantismo houve um rico florescimento da canção, principalmente do Lied ( ‘canção’ em alemão) para piano e canto. O primeiro grande compositor de Lieder ( plural de Lied ) foi Schubert .
As óperas mais famosas hoje em dia são as românticas. Os grandes compositores de óperas do Romantismo foram os italianos Verdi e Rossini e na Alemanha, Wagner. No Brasil, destaca-se Antônio Carlos Gomes com suas óperas O Guarani, Fosca, O Escravo, etc.
A orquestra cresceu não só em tamanho, mas também em abrangência. A seção dos metais ganhou maior importância. Na seção das madeiras adicionou-se o flautim, o clarone, o corne inglês e o contrafagote. Os instrumentos de percussão ficaram mais variados.
O Concerto romântico usava grandes orquestras; e os compositores, agora sob o desafio da habilidade técnica dos virtuoses, tornavam a parte do solo cada vez mais difíceis.
Até a metade do século XIX, toda a música fora dominada pelas influências alemãs. Foi quando compositores de outros países, principalmente os russos, passaram a ter a necessidade de criar a sua música. Inspiravam-se nas músicas folclóricas e lendas de seus países. É o chamado Nacionalismo Musical.
No século XIX o piano passou por diversos melhoramentos. Quase todos os compositores românticos escreveram para o piano, mas os mais importantes foram: Schubert, Mendelssohn, Chopin, Schumann, Liszt e Brahms. Embora em meio às obras destes compositores se encontrem sonatas, a preferência era para peças curtas e de forma mais livre.
Havia uma grande variedade, entre elas as danças como as valsas, as polonaises e as mazurcas , peças breves como o romance, a canção sem palavras, o prelúdio, o noturno, a balada e o improviso.
Outro tipo de composição foi o Étude (Estudo), cujo objetivo era o aprimoramento técnico do instrumentista. Com efeito, durante esta época houve um grande avanço nesse sentido, favorecendo a figura do Virtuoso: músico de concerto, dotado de uma extraordinária técnica. Virtuosos como o violinista Paganini e o pianista Liszt eram admirados por plateias assombradas.
Música moderna
A história da música no século XX constitui uma série de tentativas e experiências que levaram a uma série de novas tendências, técnicas e, em certos casos, também a criação de novos sons, tudo contribuindo para que seja um dos períodos mais empolgantes da história da música.
Enquanto a música nos períodos anteriores podia ser identificada por um único e mesmo estilo, comum a todos os compositores da época, no século XX ela se mostra como uma mistura complexa de muitas tendências. A maioria das tendências compartilham uma coisa em comum: uma reação contra o estilo romântico do século XIX. Tal fato fez com que certos críticos descrevessem a música do século XX com "anti-romântica". Dentre as tendências e técnicas de composição mais importantes da música do século XX encontram-se:
Melodias: São curtas e fragmentadas, angulosas, em lugar das longas sonoridades românticas. Em algumas peças, a melodia pode ser inexistente.
Ritmos: Vigorosos e dinâmicos, com amplo emprego dos sincopados; métricas inusitadas, como compassos de cinco e sete tempos; mudança de métrica de um compasso para outro, uso de vários ritmos diferentes ao mesmo tempo.
Timbres: A maior preocupação com os timbres leva a inclusão de sons estranhos, intrigantes e exóticos; fortes contrastes, às vezes até explosivos; uso mais enfático da seção de percussão; sons desconhecidos tirados de instrumentos conhecidos; sons inteiramente novos, provenientes de aparelhagens eletrônicas e fitas magnéticas.